Ao postar uma foto nas redes sociais, você opta por se apresentar como é “na vida real” ou aposta nos filtros com os mais variados efeitos: clareamento da pele, rosto mais fino, lábios preenchidos, entre tantos outros? A prática no mundo virtual tem surtido efeito nos consultórios, com aumento na busca por tratamentos faciais.
O objetivo é se enquadrar a padrões estéticos de celebridades e até artificiais, que não correspondem à realidade. Além disso, geram uma expectativa difícil de alcançar, causando frustração e levando até a casos de depressão.
“Infelizmente, os filtros das redes sociais passam a ideia de uma vida perfeita, sem defeitos, de pessoas com uma pele impecável. Mas sabemos que essa não é a realidade, e isso acaba trazendo uma série de frustrações a alguns pacientes, que buscam nos tratamentos estéticos a resolução para todos os problemas. Essa fixação por uma aparência irreal pode gerar graves consequências psicológicas”, comentou a dermatologista da Neoderme, Dra. Giseli de Mattos Diosti Stein.
A situação é representada em números da Academia Americana de Cirurgiões Plásticos e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Entre as rinoplastias realizadas em 2017, por exemplo, mais da metade foi motivada para melhorar as selfies. Além disso, em 10 anos o número de procedimentos estéticos entre adolescentes de 13 a 18 anos aumentou em mais de 140% no Brasil. Na maioria dos casos, as imagens dos pacientes com filtros eram levadas como referência para os procedimentos. Na pandemia, a procura por procedimentos aumentou em 30%, principalmente nos olhos e no nariz.
Segundo a especialista, é importante que o paciente esteja ciente dos resultados que deseja quando procura por um tratamento estético.
“O paciente deve ter uma expectativa bem realista quanto ao resultado que deseja, por isso é importante uma consulta com especialista para que ele avalie o caso. Vale lembrar que os tratamentos estéticos ajudam e muito na melhora da saúde da pele e na autoestima, mas tudo precisa ser feito de forma harmônica, mantendo as expressões reais do paciente”, ressalta Giseli.
Com informações de Veja Rio