Quando o estresse bate, é mais do que justificado o termo “à flor da pele”, porque ela é nosso órgão de choque. As doenças inflamatórias como acne, dermatites e também a queda de cabelo são as mais frequentes quando estamos com os níveis de estresse muito altos.
O cabelo pode cair muito como reflexo direto desse problema, uma vez que ele sobrecarrega o organismo.
Em relação à acne,, ela pode piorar e ficar mais intensificada ou inclusive aparecer pela primeira vez. O estresse provoca aumento de um hormônio chamado cortisol, que por sua vez estimula os hormônios androgênicos que são os responsáveis pelo excesso de oleosidade de cravos e posterior inflamação.
A dieta, durante a pandemia, com excesso de carboidratos e ou leite e queijos, também pode piorar a acne. Isso acontece porque esses alimentos são inflamatórios e aumentam um hormônio chamado IGF beta, que também interfere com os hormônios androgênicos.
A acne deve ser tratada o quanto antes para evitar o aparecimento de cicatrizes. Converse com seu dermatologista, evite automedicação e procure melhorar a dieta, ingerindo menos açúcar.
As dermatites, que são inflamações da pele como dermatite seborreica, dermatite de contato e também rosácea, podem piorar devido ao estresse. Quando o cortisol fica elevado por tempos prolongados, pode baixar a imunidade do organismo.
As dermatites são tratadas com corticóides, mas vale lembrar que eles não podem ser usados por muito tempo na pele, pois provocam efeitos colaterais como aumento de pelos, afinamento da pele e até estrias.
A pele inflamada e com dermatites deve ser limpa com sabonete neutro e hidratada com emolientes calmantes duas a três vezes ao dia. Seguir rigorosamente a instrução do médico e evitar o uso continuado de pomadas de cortisona é fundamental para eliminar o problema com rapidez.
Caracteristicamente o cabelo é muito suscetível a inúmeros fatores, dentre eles: estresse físico e mental, como dietas restritivas, pós-operatório de cirurgias bariátricas, doenças crônicas, entre outros. Estes fatores causam um desequilíbrio na homeostase (equilíbrio químico e fisiológico do organismo), gerando a queda de cabelo que pode ser aguda (durar poucos meses) ou crônica (anos).
Uma alimentação pobre em ferro e vitaminas pode contribuir para a piora da queda de cabelos. A dosagem de ferro (ferritina), vitamina D, zinco e vitamina B12 são alguns dos exames solicitados na investigação de queda de cabelo. Caso estejam deficientes, é possível fazer a reposição desses nutrientes.
O tratamento também pode ser feito com loções anti-inflamatórias e antioxidantes à noite e a lavagem pela manhã com xampus da mesma categoria. Vitaminas à base de biotina, piridoxina, vitamina C, aminoácidos como cisteína e elementos como ferro e silício podem ajudar muito para que o novo fio tenha maior espessura e qualidade.
Se a queda for persistente e ou provocar áreas inflamadas ou cicatriciais é interessante procurar o especialista e seguir a orientação sobre medicações específicas.
É importante manter a rotina com alimentação equilibrada, exercícios moderados e constantes, bom sono, cuidados com a saúde e principalmente estar em constante contato com seu dermatologista para evitar que o estresse reflita diretamente em seu organismo.